Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008

O contas

Enquanto andava "envolvida" com o "João", não pensava no Guilherme. Quer dizer, pensava no sentido de achar que era ele.

Fazia perguntas a mim mesma e dava as respostas, o que era mau, porque aquilo, ao fim e ao cabo podia ser entendido como apenas um "jogo".

Conhecia-me muito bem, isso era óbvio. Eliminava qualquer dos homens com quem me relacionei, por diversas razões.

O Luís era pouco inteligente e então nisto da net era mesmo "calhau". Ainda hoje me deixa mensagens no Hi5. Criou uma página com a ajuda de um amigo que é muito entendido nestas coisas de "encontros" e conhecendo-o como o conheço, sei que com qualquer estalar de dedos da minha parte vinha a correr. Assim que vi a primeira mensagem de um "L" que me cuscou com a imagem de uma foto da Madonna deduzi que era ele. Respondi normalmente : "Tudo bem contigo Luís? Espero que estejas bem!". Sinceramente, onde e em que estado andava a minha cabeça para me ter envolvido com ele daquela maneira! Não tínhamos absolutamente nada a ver um com o outro. Realmente, temos que beijar muitos sapos até encontrarmos um príncipe! Eu tinha "beijado" aquele até ter encontrado o que ainda hoje acho um príncipe. Espero que não sendo para mim, encontre alguém que o saiba reconhecer.

Como é que acabou o "namoro virtual" entre mim e o suposto João? Ele desapareceu...sem deixar rasto. Ainda trocámos umas mensagens instantâneas que eu lia à socapa e apagava de algum suposto histórico.

-"Beijo"

-"Sonhei contigo"

-"Dorme bem. Pensa em mim."

-"João"

-"Ana"

Eram recadinhos destes para sabermos que ainda pensávamos um no outro.

Eu andava tão curiosa para desvendar aquele mistério. Achava que o Guilherme queria "acompanhar-me".Saber se estava bem. Quando me sentiu bem, evaporou-se. Só pode ter sido isso.

Chegou a dizer-me para esperar mais uns tempos, para irmos falando mais. É impressionante como sabia os meus sentimentos. Em Julho conheci o Filipe. Gostava verdadeiramente de mim e era um gentleman. Já fazia planos para vir trabalhar para perto. Era economista num banco em Lisboa e andava com intenções de começar a chatear o chefe com aquelas coisas de rotação. Assustou-me, porque não me dizia nada imaginar viver com ele. Vinha cá ter comigo muitas vezes. São 140 Kms. Os meus filhos eram simpáticos com ele, mas sabiam bem que ele não me dizia nada .

"Ó mãe, ele é tão tótó!"

Nunca aconteceu absolutamente nada entre nós. Só uns miminhos, mas nada mais.

Eu queria investir naquela relação, mas...

O "João" sabia exactamente o que sentia, apesar de eu o contrariar. Referia-se a ele como "O contas"! O Guilherme adorava colocar "alcunhas" a toda a gente!

Terminei aquilo quando vi que podia magoar mais o Filipe e antes que alterasse a vida dele. Hoje, apesar de não falarmos muito continuamos a combinar um café, A verdade é que já estive em Lisboa várias vezes e a única pessoa com quem gostava de tomar um café era com o Guilherme. Que se há-de fazer?

 

 

 


publicado por darkbook às 12:13
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