Segunda-feira, 8 de Setembro de 2008

The last waltz

Confesso, estava a ficar cansada.

O Alexandre não me largava, todos os dias com novas sms, uns dias que me desejava as maiores felicidades, outros dias (neste caso eram mais noites) que me odiava, que eu haveria de pagar por tudo o que lhe tinha feito, que era uma mentirosa, uma vaca, uma puta, que a irmã e a mãe estavam muito mal e que eu era a culpada de tudo. No fundo, eram verdades. Eu estava arrependida. O que sentia pelo Luís não valia aguentar aquilo tudo.

As minhas amigas invejavam-me. Como era possível um homem amar-me tanto como o Luís me amava? Uma mulher que ainda nem estava divorciada e que tinha 3 filhos?

Quis provar a mim própria que tudo não tinha sido um enorme erro e que ele era homem para me fazer feliz. Insisti em nós.

No início de Março a advogada tinha a audiência marcada com o conservador.

Há hora marcada lá estávamos os dois. O conservador ainda tentou aquela treta de reconciliação. Foi rápido. Assim que saí, pedi se já podia tratar do BI com o novo Estado Civil : "DIV". Só daí a 15 dias. Ok, no problem!

Liguei ao Luís. Falamos logo que íamos fazer uma viagem. Eu fazia anos nesse mês.

Ele tratou de tudo. Foi uma semana, não diria fantástica e fabulosa, mas foi boa. Fomos a Roma (3 dias) e Veneza (4 dias). Porque não tenho saudades dessa semana? Vejo-me lá, mas sozinha.

O hotel era fabuloso, como tudo em Veneza é. Sei que vou voltar um dia. Quero experimentar a magia que tem Veneza.

No dia que regressámos a Portugal, fomos ao mercado. Comprámos massas coloridas e umas ervas aromáticas. Convidámos amigos comuns e fizemos o jantar em minha casa.

No fim do jantar tivemos a primeira e última discussão como namorados.

Veneza será assim tão mágica ao ponto de fazer terminar uma relação onde não existia amor?

 

 Hotel Monaco & Grand Canal

 

 

 Hotels Venice, Double room

 

 

Hotels Venice, The interiors Hotels Venice, Restaurant

música: The last waltz, memories

publicado por darkbook às 18:37
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Sábado, 30 de Agosto de 2008

Momentos...

No meio da imensa intriga que existia, eu e o Luís tentávamos viver uma vida paralela, cheia de momentos que apesar de inesquecíveis, hoje só me deixam saudades porque sei que foram vividos com imensa paixão e loucura pelos dois.

Sei que ele, mais que eu, hoje tem muitas saudades desses tempos e tenho plena consciência que os queria repetir, mas aprendi que ele não é fiel. Nunca mais, nem que ainda hoje sentisse alguma coisa por ele voltaria a viver esses momentos. Homem que trai 1 vez trai muitas mais (adiante vão saber porque o digo).

Mulher "ferida" e "mal amada" (pelo menos como pretendia) durante 18 anos, deixei-me levar em 4 meses intensos. Mas aprendi que "Só o amor é real". Todo o resto são ilusões, decepções...

Enquanto durante a semana trabalhava, tratava do divórcio, acompanhava os meus filhos (que não queria que saíssem muito "beliscados" com a mudança brusca da minha vida), tinha encontros fortuitos, intensos e "secretos"com o Luís, à noite dormia "amedrontada" com pressões, medos, ameaças.

A Sílvia voltou ao trabalho, cumprimentava-me e disfarçava a insegurança que sentia. O Luís iria abandonar a  casa e também já andavam a preparar o divórcio (que nunca se concretizou). Ela jogava todas "as cartadas" para o prender e evitar que a abandonasse. Lembro-me que antes de ele se mudar para o apartamento que alugou, ela o aliciou com um fim de semana no Hotel preferido dele. O Tivoli em Vilamoura. Para ele "arrumar as ideias". Ele claro, aceitou (é muito fútil, com a mania de grandezas que não tem, o que não tem nada a ver comigo). Mas ligou-me, para ir ter com ele. Parecia loucura da minha parte, mas "louca" como andava, fui. Ele iria na Quinta ou Sexta e regressaria no Domingo. Eu só pensava como poderia ir ter com ele, sem ninguém saber. A Sílvia comunicou ao irmão e "como quem não quer a coisa" alertou-o para me vigiar. Afinal ainda não éramos divorciados. No sábado à tarde disse aos meus filhos que ía ter com ele, mas que ninguém podia saber(eram os meus confidentes) . O Alexandre, que controlava os meus passos por terceiros, soube que ìa passar a noite fora. Tenho a certeza que ainda hoje não sabem que à Meia-noite dirigi-me para lá e em 2 horas e picos estava com ele no Hotel. A noite foi espectacular. Quando lhe disse que daí a meia hora estaria lá com ele (eram 3 da manhã), mandou o serviço do Hotel preparar no quarto uma recepção "à filme" de amor. Estava frio ( Janeiro), mas a noite foi verdadeiramente "hot".

No Domingo chegámos, e para ninguém desconfiar, deixei-o numa estação que ficava apenas a 20 Kms de casa. Chegou como tinha ido, de "expresso".

Na segunda, a minha vida continuou como até aí, e ele na semana que se seguiu mudou-se para o novo apartamento que alugou...sozinho. A Sílvia sabia que estava derrotada, e sozinha em casa começou a bombardear-me com sms. Que eu era uma ignorante, que a única pessoa que ele amava era ela. Sms que me faziam sentir "pena" dela, mas que paciente soube esperar por um homem que amava, mas que não a amava a ela. Sei que passou 4 meses " angustiantes e solitários" em detrimento dos meus "loucos e de muita paixão", apenas salteados de pesadelos proporcionados pelo Alexandre, que ia gerindo com muito cansaço. Mas, como tudo na vida, tudo tem um fim...

 

 


publicado por darkbook às 08:58
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