Queria postar aqui as mensagens que recebi da "Mariana", mas já não é possível.
Resumidamente, porque eram extensas, pedia-me para ouvir o que o João me tinha a dizer, pois ele " gostava muito de uma menina " que tinha "conhecido" (a referir-se a mim).
A história da "Mariana" era uma igual a tantas outras que proliferam pela net .
Na verdade tinha 50 e tal anos (enviou-me depois uma foto e tudo). Que era professora, bem casada, com 2 filhas adolescentes maravilhosas que frequentavam a universidade (até foi ao pormenor de me explicar os cursos que frequentavam e tudo.Só me lembro que uma delas estava em engenharia biomédica, porque é o mesmo curso do meu filho) e que andava a fazer um doutoramento em Sociologia ou qualquer coisa de Comportamentos.
O João, assim como mais 2 ou 3 jovens eram os "eleitos" dela dentro de todos os "amigos" que fez no Hi5. O mais engraçado era que "dava bola" a todos os homens que se metiam com aquela " Mariana". Inclusivamente, o tal homem que me tinha deixado muitos comentários (e que não aceitei, obviamente). Acho que até lhe deixou um comentário do género " Amo-te".
Aquilo soou-me tão mal. Senti uma revolta enorme por existirem pessoas assim...Como é que ela era capaz de brincar com os homens dessa maneira?
E ainda por cima, vi depois, era feia !
Mas, na altura o que me interessava era saber como estava o João.
Liguei-lhe para lhe dizer que depois falávamos. Que estava tudo bem.
"Eu estou na estação do Entroncamento". "Vim ao teu encontro e hei-de descobrir onde moras".
"Vou ter contigo, não saias daí"
Pensava e perguntava-me o que aquilo ía dar. "É uma criança!" Depois de o ver haveria de decidir o que fazer. Esperava que esclarecêssemos o que quer que fosse e até podia ser que aquela afinidade que sentíamos passasse.
E lá estava ele. Cabisbaixo, a olhar para o chão, mudo. Fiz barulho com os saltos dos sapatos, para evitar de lhe dizer : "Olá, sou eu (achava que podia não me reconhecer das fotos)". Não levantou a cabeça, parecia que estava noutro lado. Acompanhei o olhar dele e repararei nas All Star.
Coloquei a mão no ombro dele e não disse nada. Levantou a cabeça e por longos segundos não dissemos nada. Comecei a ficar incomodada com aquele silêncio! Achei que tinha ficado decepcionado com a minha imagem. Ele era igualzinho à foto. Uns olhos de "sabichão" observador ! Eram talvez umas onze da noite e estava frio. Dia 24 de Setembro de 2007. "Queres vir comer alguma coisa?" Foi o que me ocorreu dizer naquela altura!
Ele estava gelado e triste . Adorei-o .
Deitou fora um maço de tabaco que tinha comprado por estar nervoso. "Eu não fumo!"
De vez em quando comentamos que devíamos fazer uma curta com o nosso encontro naquele banco ...
A tal "Mariana" não parava de lhe enviar sms. Se já estava tudo bem. A continuar a querer controlar um dos "eleitos"...não perdia pela demora, que eu, quando não gosto de uma pessoa sou muito melga...
Foi giro!
Depois de falarmos uns dias, nem sei bem quantos. Talvez 15 dias. Só sei que o tempo voava quando "teclávamos".
Tinha que ser, tal era a curiosidade. Ele tratou de ver as distâncias e lá combinámos o dia e o local.
"Que carro tens?". Disse-lhe o carro que tinha e ele : "É pá, isso é uma grande máquina!" e eu: "Não, é normal, só tem um design engraçado."
Por piada, usei o tal vestido vermelho que tinha na foto do perfil.
Há hora combinada, lá estávamos. Eu cheguei primeiro. Uns minutos.Hoje acho que deveria ter chegado depois. Está certo que a distância era mais curta e eu conhecia muito bem o trajecto e a zona. Estou a visualizar o sorriso dele, quando olhou para mim dentro do carro. E depois o mais engraçado: Quando procurávamos um restaurante para jantar, escorreguei e caí ! Que horror ! Ele ajudou-me a levantar e não se riu. Gaita, toda a gente se ri quando vê cair alguém, eu incluída! Eu fartei-me de rir, mas pronto! O jantar correu bem, acho que gostámos um do outro. O restaurante com vista para o mar tinha ajudado. Foi nesse restaurante que casou o Luís e a Sílvia e depois de ver que não havia mais nada de jeito nas redondezas, sugeri esse.
No fim, estivemos à conversa num bar.
Já cada um no seu carro de regresso a casa, trocámos umas sms meio malandras.
Eu nunca tinha conhecido ninguém dessa maneira. Soube depois que para ele já não era a primeira vez. Ficou em vantagem. Eu era realmente uma provinciana, sem experiência nenhuma nessa coisas.
Continuámos a "teclar". Penso que ele já só pensava em "saltar-me para cima" e eu tola tinha gostado tanto dele.
O encanto mútuo continuava.
Ele era muito inteligente. Foi por aí que me deixou K.O. .
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. Mais um fenómeno do Entro...