Sábado, 18 de Outubro de 2008

O sorriso

Creio que foi o sorriso.

O sorriso foi quem abriu a porta.

Era um sorriso com muita luz lá dentro.

Apetecia entrar nele, tirar a roupa,

ficar nu("a") dentro daquele sorriso,

correr, navegar, morrer naquele sorriso.

 

Eugénio de Andrade

 

 

sinto-me:

publicado por darkbook às 03:15
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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008

Mais um fenómeno do Entroncamento?

Queria postar aqui as mensagens que recebi da "Mariana", mas já não é possível.

Resumidamente, porque eram extensas, pedia-me para ouvir o que o João me tinha a dizer, pois ele " gostava muito de uma menina " que tinha "conhecido" (a referir-se a mim).

A história da "Mariana" era uma igual a tantas outras que proliferam pela net .

Na verdade tinha 50 e tal anos (enviou-me depois uma foto e tudo). Que era professora, bem casada, com 2 filhas adolescentes maravilhosas que frequentavam a universidade (até foi ao pormenor de me explicar os cursos que frequentavam e tudo.Só me lembro que uma delas estava em engenharia biomédica, porque é o mesmo curso do meu filho) e que andava a fazer um doutoramento em Sociologia ou qualquer coisa de Comportamentos.

O João, assim como mais 2 ou 3 jovens eram os "eleitos" dela dentro de todos os "amigos" que fez no Hi5. O mais engraçado era que "dava bola" a todos os homens que se metiam com aquela " Mariana". Inclusivamente, o tal homem que me tinha deixado muitos comentários (e que não aceitei, obviamente). Acho que até lhe deixou um comentário do género " Amo-te".

Aquilo soou-me tão mal. Senti uma revolta enorme por existirem pessoas assim...Como é que ela era capaz de brincar com os homens dessa maneira?

E ainda por cima, vi depois, era feia !

Mas, na altura o que me interessava era saber como estava o João.

Liguei-lhe para lhe dizer que depois falávamos. Que estava tudo bem.

"Eu estou na estação do Entroncamento". "Vim ao teu encontro e hei-de descobrir onde moras".

"Vou ter contigo, não saias daí"

Pensava e perguntava-me o que aquilo ía dar. "É uma criança!" Depois de o ver haveria de decidir o que fazer. Esperava que esclarecêssemos o que quer que fosse e até podia ser que aquela afinidade que sentíamos passasse.

 E lá estava ele. Cabisbaixo, a olhar para o chão, mudo. Fiz barulho com os saltos dos sapatos, para evitar de lhe dizer : "Olá, sou eu (achava que podia não me reconhecer das fotos)". Não levantou a cabeça, parecia que estava noutro lado. Acompanhei o olhar dele e repararei nas All Star.

Coloquei a mão no ombro dele e não disse nada. Levantou a cabeça e por longos segundos não dissemos nada. Comecei a ficar incomodada com aquele silêncio! Achei que tinha ficado decepcionado com a minha imagem. Ele era igualzinho à foto. Uns olhos de "sabichão" observador ! Eram talvez umas onze da noite e estava frio. Dia 24 de Setembro de 2007. "Queres vir comer alguma coisa?" Foi o que me ocorreu dizer naquela altura!

Ele estava gelado e triste . Adorei-o .

Deitou fora um maço de tabaco que tinha comprado por estar nervoso. "Eu não fumo!"

De vez em quando comentamos que devíamos fazer uma curta com o nosso encontro naquele banco ...

A tal "Mariana" não parava de lhe enviar sms. Se já estava tudo bem. A continuar a querer controlar um dos "eleitos"...não perdia pela demora, que eu, quando não gosto de uma pessoa sou muito melga...


publicado por darkbook às 18:53
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Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

Mariana

Nunca pretendi conhecer pessoalmente mais ninguém que se tivesse cruzado comigo por estas coisas da net. A história com o Guilherme tinha-me servido de emenda. E se por vezes "convidava" o misterioso e eterno desconhecido para um copo, era porque andava curiosa.

Conversava muito com o João . Passávamos horas à noite a conversar. Ele era tão interessante, tão inteligente. E tinha coisinhas que me pareciam impossíveis para a idade dele, como gostar de Elis Regina, Tom Jobim, Seu Jorge...Um dia estávamos a conversar e disse-me : " Estou aqui a bater o pé ao som da música " Águas de Março". Adoro".

Muito naturalmente  e sem me aperceber comecei a gostar muito dele. Eu falava-lhe do Guilherme e do "João" e do quanto me sentia magoada e infeliz . Era estudante na faculdade de Belas Artes do Porto. Surgiu em nós uma cumplicidade que não consigo exprimir por palavras. Quando senti o quanto estava envolvida com ele tentei fugir, porque afinal ele tinha 20 anos, idade para ser meu filho. Aquelas coisas que a sociedade nos vai impondo.

Era um disparate. Tinha saído de uma situação que me tinha deixado tão vulnerável e já me estava  a meter noutra. Seria possível que nunca mais ganhava juízo e me deixava dessas "merdas"?

Pedi-lhe para nos afastarmos. Que me andava a fazer bem falar com ele mas ao mesmo tempo me deixava muito ansiosa, porque não pretendia conhecê-lo e uma vez mais sentia que estava a viver num mundo de fantasia.

Disse-me que se era isso que eu queria, respeitava e não falava mais comigo, mas que ia ter muitas saudades e que só de pensar que "me ia perder" se sentia muito só, angustiado e com "uma dor no peito".

Combinámos então ir falando, e senti que tanto eu como ele tínhamos ficado mais próximos.

Um dia, fui "espreitar" a página dele de Hi5. Vi lá um comentário de resposta da tal "Mariana" . Quando entrei na página dela, fiquei louca de ciúmes com um comentário dele : "...Não há passos divergentes quando duas pessoas se querem encontrar...". 

Enviei-lhe sms e disse-lhe que não me contactasse mais. E perguntei-lhe afinal quem era para ele a "Mariana". 

Seria mesmo um "miúdo" de 20 anos? A "Mariana" também tinha mais ou menos a minha idade. Que merda! Só me metia em porcaria. Ia-me deixar daquelas merdas.

Respondeu-me que não era nada do que eu imaginava. Que estava arrependido de lhe ter enviado aquele comentário. Que, apesar de não me conhecer pessoalmente, me adorava. Desliguei o telemóvel. Eram 3 ou 4 da tarde.Estive 4 horas incontactável.

À noite liguei-o. Estava "entupido" de chamadas e sms dele. Apaguei tudo e nem sequer lhe dei a oportunidade de as ter lido.

Fui à página de Hi5 reler tudo e ver se havia outras anteriores entre eles. Já não estava lá o comentário na página da "Mariana". Eu tinha mensagens dela na minha página...

 

 

 


publicado por darkbook às 08:45
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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008

O contas

Enquanto andava "envolvida" com o "João", não pensava no Guilherme. Quer dizer, pensava no sentido de achar que era ele.

Fazia perguntas a mim mesma e dava as respostas, o que era mau, porque aquilo, ao fim e ao cabo podia ser entendido como apenas um "jogo".

Conhecia-me muito bem, isso era óbvio. Eliminava qualquer dos homens com quem me relacionei, por diversas razões.

O Luís era pouco inteligente e então nisto da net era mesmo "calhau". Ainda hoje me deixa mensagens no Hi5. Criou uma página com a ajuda de um amigo que é muito entendido nestas coisas de "encontros" e conhecendo-o como o conheço, sei que com qualquer estalar de dedos da minha parte vinha a correr. Assim que vi a primeira mensagem de um "L" que me cuscou com a imagem de uma foto da Madonna deduzi que era ele. Respondi normalmente : "Tudo bem contigo Luís? Espero que estejas bem!". Sinceramente, onde e em que estado andava a minha cabeça para me ter envolvido com ele daquela maneira! Não tínhamos absolutamente nada a ver um com o outro. Realmente, temos que beijar muitos sapos até encontrarmos um príncipe! Eu tinha "beijado" aquele até ter encontrado o que ainda hoje acho um príncipe. Espero que não sendo para mim, encontre alguém que o saiba reconhecer.

Como é que acabou o "namoro virtual" entre mim e o suposto João? Ele desapareceu...sem deixar rasto. Ainda trocámos umas mensagens instantâneas que eu lia à socapa e apagava de algum suposto histórico.

-"Beijo"

-"Sonhei contigo"

-"Dorme bem. Pensa em mim."

-"João"

-"Ana"

Eram recadinhos destes para sabermos que ainda pensávamos um no outro.

Eu andava tão curiosa para desvendar aquele mistério. Achava que o Guilherme queria "acompanhar-me".Saber se estava bem. Quando me sentiu bem, evaporou-se. Só pode ter sido isso.

Chegou a dizer-me para esperar mais uns tempos, para irmos falando mais. É impressionante como sabia os meus sentimentos. Em Julho conheci o Filipe. Gostava verdadeiramente de mim e era um gentleman. Já fazia planos para vir trabalhar para perto. Era economista num banco em Lisboa e andava com intenções de começar a chatear o chefe com aquelas coisas de rotação. Assustou-me, porque não me dizia nada imaginar viver com ele. Vinha cá ter comigo muitas vezes. São 140 Kms. Os meus filhos eram simpáticos com ele, mas sabiam bem que ele não me dizia nada .

"Ó mãe, ele é tão tótó!"

Nunca aconteceu absolutamente nada entre nós. Só uns miminhos, mas nada mais.

Eu queria investir naquela relação, mas...

O "João" sabia exactamente o que sentia, apesar de eu o contrariar. Referia-se a ele como "O contas"! O Guilherme adorava colocar "alcunhas" a toda a gente!

Terminei aquilo quando vi que podia magoar mais o Filipe e antes que alterasse a vida dele. Hoje, apesar de não falarmos muito continuamos a combinar um café, A verdade é que já estive em Lisboa várias vezes e a única pessoa com quem gostava de tomar um café era com o Guilherme. Que se há-de fazer?

 

 

 


publicado por darkbook às 12:13
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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Interrupção :)

Hoje a minha história de amor faz  UM ANO !

 

Obrigado amorzito (se um dia "descobrires" que estou aqui :)) por estares comigo. Por nunca me teres abandonado, mesmo naqueles momentos em que sou chata e birrenta, tu sabes...Adoro-te! Mesmo que por vezes não pareça.

 

E sim, não me esqueço de como tudo começou...da nossa história.

(Não sei colocar aqui o clip que fizeste para mim, fica só a musica!)

 

 

 

 

 

música: the story
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publicado por darkbook às 18:23
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Terça-feira, 23 de Setembro de 2008

Pablo Neruda

Na altura refugiava-me na música e na poesia;

 

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

 

Pablo Neruda

 


 

 


 


publicado por darkbook às 12:45
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

A mulher, a amiga e o amante dela

A Maria, a minha melhor amiga, tinha arranjado um namorado.

Andava muito empolgada com ele. Tinha frequentado um workshop de pintura e ele era o professor. Mostrava-me centenas de fotos dela que era ele que à socapa lhe tirava lá no workshop. Qualquer mulher adora a atenção de um homem e ela não era excepção, ainda mais por um homem ligado ás artes, que são a paixão dela.

Não fazia mais nada que me falar nele. Que não sabia o que fazer, já que era um pouco mais velho, estava separado da mulher, mas ainda não estava divorciado. Parece que era por causa dos bens em comum, que eram muitos...

Eu claro, não o conhecia, mas à partida, disse-lhe para não fazer muitos planos, já que era casado. E mantive-me sempre à distância dessa relação, mas sempre perto dela.

Ainda não tinham estado juntos, mas um dia zangaram-se mesmo a sério. Pediu-me, porque tanto um como o outro estavam muito mal, que o conhecesse pois queria saber o que eu achava dele.  Combinou um café entre nós pois achava que eu ia saber explicar-lhe porque é que eles tinham que acabar.

Enfim...Eu na altura era mesmo a pessoa indicada...

Ele conhecia-me de fotos e eu igual. Mas achei-o pequenino. "A Maria é muito mais alta!", pensei assim que sorriu para mim e vi que era ele.

Olhei com atenção para as expressões enquanto falava e reconheci-me. Uma angústia por a ter perdido ! Os olhos brilhavam quando falava nela e parecia que iam brotar lágrimas quando imaginava o fim da "história" deles. Lembro-me que lhe disse que tinha que entender que ela não queria assumir nada porque ele era casado, mas que sabia perfeitamente o que sentia.

Pronto! Tarefa cumprida! Conheci-o e teria que lhe dizer o que achei.

Disse-lhe que sem dúvida gostava dela, mas que era ela que tinha que decidir se levava a história adiante porque de facto ele era casado e não pretendia num futuro muito próximo alterar essa condição. Foi o que achei. Um homem quando está anos para se divorciar e não o faz por "conveniências" materiais, optando por fazer uma vida paralela não é de confiar. Confidenciou-me que já tinha tido outras mulheres. A Maria sabia disso, porque quando lhe disse, até me disse que uma das conquistas era muito linda...

Bem, mais valia ter estado quietinha no meu canto.

Só sei que passados uns 2 ou 3 dias ela me ligou muito entusiasmada. Que ia dormir com ele a casa dele.

" E a mulher?"

" Parece que foi passar uma semana ao Alentejo"

Bem, ela é que sabia. Nem sequer disse nada.

No dia seguinte, estava felicíssima.

"Ele é uma bomba!". "Ele acha que és uma Santa!". "Faz questão que venhas cá um dia jantar connosco!"

"Pois, era semana de festa para eles!" (Mulher fora, semana santa na loja)

Disse-lhe que iria uma noite, sim senhor.

E fui. Eram aí umas 22 ou 23 horas.

Que enorme recepção ele me fez! Tudo "afrodisíaco" ! Búzios, camarão, bom vinho verde, pastas de tudo e mais alguma coisa...

Só o conheci verdadeiramente depois quando falávamos no msn. Parece que era muito possessivo com a Maria. Ela começou a andar cansada dele e a fugir. Dizia-lhe muitas vezes que tinha saído comigo, algumas que eu nem sabia. Quando me apercebi, pedi-lhe para me dizer sempre que lhe mentia, pelo menos para eu saber, pois ligava-me para o telemóvel.

"Mas o que tens que lhe dar explicações onde estás ou não?". "Porra, o gajo é que é casado!"

"Não o conheces! É tão possessivo e tacanho!"

Comecei a ter que gramar com ele, a perceber os seus joguinhos para tentar tirar-me nabos da púcara. O gajo tirava-me do sério!

Até que começou a tentar "cortejar-me " a mim. Que ela era muito complicada. Disse-me depois a Maria:

"O António acha-te muito sensual! Só queria que visses a doideira quando foste jantar a casa dele!"

Bem, descodifiquei uma série de coisas estranhas que me andavam a acontecer na net...

Era o António, de certeza ! Mas não disse nada à Maria, pois aquilo já durava há muito tempo, ainda estavam eles bem.

Confrontei-o com aquilo e não negou. Antecipou-se a mim a contar à Maria. "Sabes, era só para ver se dava conversa aos homens que se metiam com ela na net..."

Bem, assinou a sua "sentença de morte". Disse-lhe que não lhe admitia esses jogos, ainda mais porque o tinha como um grande amigo e ele sabia bem que sempre tinha tentado minimizar entre eles a porcaria que ele fazia. Pediu-me desculpa milhões de vezes. Era a minha oportunidade de acabar a "amizade" com uma pessoa tão "tacanha" e pouco inteligente como ele era ( apesar da bagagem que tinha).

A Maria ainda continuou a "aturá-lo", mas aproveitei a deixa e nunca mais falei com ele...sem ser para lhe perguntar se era o tal joaocosta32@hotm... que me tinha adicionado, apesar de ter sido antes de me ter chateado com ele.

 

 

 


publicado por darkbook às 17:45
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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008

Desculpa

Só pensava em morrer. Silenciosamente planeava uma morte. Deixaria os meus filhos bem materialmente. Tinha seguros que cobriam todos os empréstimos no banco. Mas observava-os e confrontava-os, disfarçadamente com várias situações. Tinha sido convidada para ir para Angola e para S. Tomé e Príncipe. Era uma boa opção, mas não apagava a tristeza que sentia. Pediram-me para não ir. Eles apesar de "grandes" precisavam tanto de mim. Quando pensava no alívio que seria morrer, chorava ao imaginá-los perdidos sem mim. Eu era o seu porto seguro e não se cansavam de me dizer.

O Guilherme não me saía da cabeça. Entendia tudo o que fui para ele. E fui parva ao não o deixar simplesmente ir à vida dele. No fundo agora vivia experiências como a que ele viveu comigo. O facto de ter buscado no sexo o refúgio para a minha solidão, não queria dizer que não respeitasse quem estava comigo. Mas isso só me deixava mais angustiada. Imaginava-o pior a cada conquista mal sucedida, que era o que eu tinha sido para ele, por mais que me custasse a  admitir. Ele não tinha culpa que o adorasse, e que simbolizasse o que procurava num homem . Como me disse um dia :" Lá porque não resultou contigo não quer dizer que não me entenda com mais nenhuma mulher".Desculpa Guilherme, desculpa! Eu, Ana, com 37 anos, sabia perfeitamente o que querias dizer.

Desligava o telemóvel. Não queria mais homens, mais amantes...

Eu à noite falava no msn com amigos. Amigos que tinha feito na net, mas que nunca tinham passado de amigos. Tinha conhecido 2 pessoalmente numa das minhas idas a Lisboa. E depois encontrámo-nos mais vezes. Um deles aparecia em minha casa ás vezes ao fim de semana. O outro também veio cá petiscar uns dias. Saía do trabalho lá em Lisboa e dava-lhe na maluqueira e aparecia cá. Demorava 1 hora e tal, mas fez isso umas 3 vezes.

Um dia apareceu-me alguém que me adicionou no msn. Era um joaocosta32@hot.... Pensei logo que seria o Guilherme. Ele tinha na altura 32 anos. Fazia sentido. Adicionei-o mas sem lhe perguntar se era ele. Que brincadeira era aquela, se não era ele, quem seria para despertar em mim esperança ?

...


publicado por darkbook às 08:49
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Quinta-feira, 18 de Setembro de 2008

Lost :(

Durante 6 longos meses, mergulhei numa "escuridão" terrível.

Este foi o período mais "dark" da minha vida.

Não sabia que fazer, a solidão e uma depressão profunda apoderou-se de mim.

O meu ex, o Alexandre, começou a infernizar-me a vida. Hoje damo-nos relativamente bem, porque ele entendeu que era melhor assim.

Penso que sentia ciúmes, apesar de viver com outra pessoa.

Aqueles convites que recusava sempre, comecei a aceitar.

O tal cliente de Paris, não fazia mais nada que me ligar. Que sonhava comigo quase todas as noites. Começou a vir a Portugal praticamente de 15 em 15 dias. Sempre que chegava ligava-me. Jantámos muitas vezes. No dia dos namorados, ligou-me ás 7 da manhã. Se podia jantar com ele nesse dia. Sinceramente, sem namorado, nem me lembrei que dia era. Perguntei-lhe se estava em Portugal e disse-me que só ia marcar voo se jantasse com ele. Bem , aceitei. Ele era muito educado. Foi uma noite bem passada e no fim dormimos juntos. Sentia-me sozinha. Talvez o sexo ajudasse. Tretas, mas foi o primeiro de mais 3 ou 4 amantes.

O pior depois era terminar o que não queria que continuasse.

Realmente, só o amor é real. Sexo sem amor e sem paixão não vale um "telho"!

Com o E. foi sexo de 1 noite. Ainda me ligou muitas mais vezes, mas educadamente disse-lhe que não tinha sido como esperava. Ficou "ferido" no orgulho de "homem" e não insistiu. Dizer-lhes que o sexo não é bom, funciona sempre!

O M. foi o amante seguinte. Com ele era mesmo bom! Não me chateava nada. Tinha 25 anos. Era engraçada a maturidade dele. Era motard, e andava sempre em competições pelo País. Eu fazia  a minha vida, ele a dele. Às vezes trocávamos sms. Mas só quando nos queríamos encontrar. De resto, nem ele me exigia nada e nem eu a ele. E divertíamo-nos imenso quando estávamos juntos. Terminámos como bons amigos.

O P. serviu para 1 tarde de Verão e para uma noite. Sexo mediano :D . A segunda vez que estive com ele foi só mesmo para tirar "dúvidas" da primeira! Esse foi mesmo difícil acabar, porque achava que era o maior com as mulheres. Pedi-lhe por tudo para não me enviar mais sms, não me ligar e não me procurar, porque eu tinha outra pessoa de quem gostava (era mentira, era só para acabar). A resposta dele:" Eu sei que me amas, isso só pode ser para te divertires, mas acaba rápido!" Só muito mais tarde, quando já estava com a pessoa que ainda estou hoje (vamos fazer 1 ano juntos este mês), me deixou em paz.

O V. foi horrível. A pior experiência em termos de sexo da minha vida. Foi a prova que o tamanho não conta :D ! Era horrível ! Quando lhe comecei a dizer que "Não" queria sair mais com ele, ficou incrédulo! Acho que se vangloriava do tamanho!

Depois acabou. Não queria mais amantes, sexo!

Só pensava em dormir, tal era a depressão em que tinha caído.

Só os meus filhos me faziam levantar da cama.

O Alexandre começou a invadir a minha casa. Os meus filhos pediram-lhe todas as chaves que tinha, que não se queriam chatear com ele. Passado um ano mandava-me mensagens assustadoras. Que lhe tinha destruído a vida. Que não aguentava ficar longe dos filhos. Que lhos tinha roubado. Entendia-o e sentia-me culpada. Eu não estava feliz. Só aparentemente.


publicado por darkbook às 12:19
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Quarta-feira, 17 de Setembro de 2008

Historietas II

Estava a enganá-lo! E depois? A internet tem destas coisas.

Tudo da mesma maneira. Ele no "engate" à nova mulher que meteu conversa com ele. Perguntou-lhe de onde era. Ela (eu :))disse-lhe que era da zona onde nos encontrámos uma das vezes, quando fomos à discoteca e fizemos amor no carro, num pinhal. Ele logo : "Conheces a discoteca tal?", "Grande discoteca!". Estúpido ! Tinha sido eu que o tinha lá levado!

Contive-me e continuamos a conversar.

Perguntei-lhe se tinha alguém.

"Não, só tive uns casos sem importância" e depois, começou a falar de mim com ela: que tinha tido um caso há pouco tempo, mas que eu era tipo "destrambelhada", mas que tinha conseguido ver-se "livre de mim". Aí, não me contive!

"Ai sim?" "Com que então: Grande discoteca?" E disse-lhe que era eu. Acho que saiu logo.

Ficou cá com um "melão"!

Falamos depois sobre isso, já no meu msn. Que não tinha gostado nada da brincadeira!

E eu tinha gostado??? Se queria engatar alguém, que não falasse em mim e não se servisse da "nossa história".

"Que querias dizer com aquilo : Com que então! Grande discoteca!"

Parvo. Queria dizer o que disse! Ele não era burro!

A partir daí estivemos sem falar uns tempos. Mas eu não andava bem, nada bem. Queria vingança!

Nem sei como, meti-me com o Hugo, o melhor amigo dele. O tal que engatava todas e que lhe confidenciava tudo e vice-versa. No fundo, queria saber o que lhe tinha falado de mim.

Nem sei como, mas como pretendia que ele soubesse que eu falava no msn com o Hugo, um dia enviei-lhe sms, que precisava de falar com o amigo, e que não sabia como entrar em contacto com ele.

Ficou "estranho" com aquilo. Ligou ao Hugo e ele pediu-lhe para me dar o número de telemóvel dele. Fartei-me de rir. Enviou-me umas 2 sms primeiro que me desse o número. Disse-lhe para se deixar de brincadeiras. Aquilo tinha-o incomodado. Acho que me disse qualquer coisa do género :" vais gostar dele" e eu "já que nunca mo apresentaste e me deixaste com água na boca".

Marquei um café com o Hugo em Lisboa à noite, já que eu saía do curso por volta das 23 horas.

Gostei dele, mas não tinha nada a ver com o Guilherme. Era pouco polido, mesmo pouco inteligente, mas divertido e simpático. Não escondia nada do que queria. Falámos de várias coisas e claro do Guilherme. Que ele lhe tinha dito que não queria nada de mim (deduzi que tivessem tido aquela conversa típica de homens : "podes comê-la se quiseres!"). Fiz-me de burra, que gostava muito do Guilherme e que sabia que ele era muito "inseguro" e que tinha os seus problemas "existenciais".

Mas sei que teria havido mais conversas porque a certa altura me disse: "Vocês amam-se"!

Ri-me.Que era ímpossível, porque ele queria distância de mim. Que a minha preocupação era se estaria bem ( e era de certa maneira).

Eu e o Hugo continuámos a falar. O interesse dele em dormir comigo era óbvio. Andava a pensar naquilo, se alinhava ou não...

Lembro-me de ter ido um fim de semana a Paris, receber de um negócio que tinha feito na empresa. Nunca me tinha acontecido, mas no fim do jantar com o cliente, ele (como todos os homens com quem me cruzava) ficou "doido" comigo. Quando parámos em frente do hotel em que eu estava, perguntou-me directamente : "Posso subir?". A sério, daquelas cenas só vistas nos filmes. Eu educadamente disse que não (mas, sem o demonstrar, tinha ficado encabulada). Coitado, disse-me qualquer coisa do género: " Então, vá-se embora depressa, antes que eu "rebente" " !!

Fui para o meu quarto e ri-me imenso com aquilo. A quem é que liguei a contar? À Maria e depois ao Hugo. Fazia questão de o deixar mais entusiasmado!

E claro, tinha que acontecer. Queríamos os dois, ainda que por razões diferentes. Seria só sexo e matar a curiosidade. Sabíamos os dois disso.

Não foi nada de especial, e soube depois que não era assim tão bom como "apregoava" o Guilherme.

Um dia o Hugo contou-me umas coisas do Guilherme. Que o tinha encontrado em Lisboa e que lhe tinha parecido muito em baixo, que lhe disse que não tinha vontade de sair de casa, que só pensava em "arrumos" e coisas do género.

Que num fim de semana lhe ligou muito cedo, lá da terra e lhe tinha pedido se queria ir correr para a praia com ele. Que lhe tinha dito que não andava bem e que tinha regressado ao psicólogo ( já tinha ido antes de me conhecer).

Fiquei para morrer. Será que eu tinha alguma coisa a ver com isso? Amava-o muito e fazia questão que ele soubesse.

O que é certo é que, não sei porquê, eu e o Guilherme, depois disso até parecia que conseguíamos falar educadamente, como bons amigos.

Mas atormentava-me o facto de ter dormido com o melhor amigo, e de saber que estava a ser "enganado" por ele, já que lhe confidenciava dúvidas existenciais e ele lhe escondia que tínhamos estado juntos.

Tinha estado com ele por vingança, pensando que ele lhe iria contar a correr, mas agora estava arrependida e não queria continuar aquela mentira. Preferia perdê-lo como "algo mais", mas não queria que fôssemos amigos escondendo-lhe para sempre aquilo.

Deixei-lhe uma longa mensagem no email, realçando que se o Hugo não lhe tinha dito nada era porque gostava dele e tinha receio de certeza de o magoar com aquilo.

Respondeu. Qualquer coisa como :" estou admirado comigo, de não me chatear com isto!"

A frase dele no dia seguinte no msn  era qualquer coisa do género : " Não cobiçar a mulher alheia" mas escrito em Italiano.

Falámos depois no msn sobre isso. Achei aquilo tão cómico. Era uma frase para o Hugo. Para ver se "tomava a iniciativa de lhe contar".

"Eu não sou tua mulher, não sejas ridículo".

...

 

 

 

 

 

 


publicado por darkbook às 11:15
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