Quarta-feira, 17 de Setembro de 2008

Historietas II

Estava a enganá-lo! E depois? A internet tem destas coisas.

Tudo da mesma maneira. Ele no "engate" à nova mulher que meteu conversa com ele. Perguntou-lhe de onde era. Ela (eu :))disse-lhe que era da zona onde nos encontrámos uma das vezes, quando fomos à discoteca e fizemos amor no carro, num pinhal. Ele logo : "Conheces a discoteca tal?", "Grande discoteca!". Estúpido ! Tinha sido eu que o tinha lá levado!

Contive-me e continuamos a conversar.

Perguntei-lhe se tinha alguém.

"Não, só tive uns casos sem importância" e depois, começou a falar de mim com ela: que tinha tido um caso há pouco tempo, mas que eu era tipo "destrambelhada", mas que tinha conseguido ver-se "livre de mim". Aí, não me contive!

"Ai sim?" "Com que então: Grande discoteca?" E disse-lhe que era eu. Acho que saiu logo.

Ficou cá com um "melão"!

Falamos depois sobre isso, já no meu msn. Que não tinha gostado nada da brincadeira!

E eu tinha gostado??? Se queria engatar alguém, que não falasse em mim e não se servisse da "nossa história".

"Que querias dizer com aquilo : Com que então! Grande discoteca!"

Parvo. Queria dizer o que disse! Ele não era burro!

A partir daí estivemos sem falar uns tempos. Mas eu não andava bem, nada bem. Queria vingança!

Nem sei como, meti-me com o Hugo, o melhor amigo dele. O tal que engatava todas e que lhe confidenciava tudo e vice-versa. No fundo, queria saber o que lhe tinha falado de mim.

Nem sei como, mas como pretendia que ele soubesse que eu falava no msn com o Hugo, um dia enviei-lhe sms, que precisava de falar com o amigo, e que não sabia como entrar em contacto com ele.

Ficou "estranho" com aquilo. Ligou ao Hugo e ele pediu-lhe para me dar o número de telemóvel dele. Fartei-me de rir. Enviou-me umas 2 sms primeiro que me desse o número. Disse-lhe para se deixar de brincadeiras. Aquilo tinha-o incomodado. Acho que me disse qualquer coisa do género :" vais gostar dele" e eu "já que nunca mo apresentaste e me deixaste com água na boca".

Marquei um café com o Hugo em Lisboa à noite, já que eu saía do curso por volta das 23 horas.

Gostei dele, mas não tinha nada a ver com o Guilherme. Era pouco polido, mesmo pouco inteligente, mas divertido e simpático. Não escondia nada do que queria. Falámos de várias coisas e claro do Guilherme. Que ele lhe tinha dito que não queria nada de mim (deduzi que tivessem tido aquela conversa típica de homens : "podes comê-la se quiseres!"). Fiz-me de burra, que gostava muito do Guilherme e que sabia que ele era muito "inseguro" e que tinha os seus problemas "existenciais".

Mas sei que teria havido mais conversas porque a certa altura me disse: "Vocês amam-se"!

Ri-me.Que era ímpossível, porque ele queria distância de mim. Que a minha preocupação era se estaria bem ( e era de certa maneira).

Eu e o Hugo continuámos a falar. O interesse dele em dormir comigo era óbvio. Andava a pensar naquilo, se alinhava ou não...

Lembro-me de ter ido um fim de semana a Paris, receber de um negócio que tinha feito na empresa. Nunca me tinha acontecido, mas no fim do jantar com o cliente, ele (como todos os homens com quem me cruzava) ficou "doido" comigo. Quando parámos em frente do hotel em que eu estava, perguntou-me directamente : "Posso subir?". A sério, daquelas cenas só vistas nos filmes. Eu educadamente disse que não (mas, sem o demonstrar, tinha ficado encabulada). Coitado, disse-me qualquer coisa do género: " Então, vá-se embora depressa, antes que eu "rebente" " !!

Fui para o meu quarto e ri-me imenso com aquilo. A quem é que liguei a contar? À Maria e depois ao Hugo. Fazia questão de o deixar mais entusiasmado!

E claro, tinha que acontecer. Queríamos os dois, ainda que por razões diferentes. Seria só sexo e matar a curiosidade. Sabíamos os dois disso.

Não foi nada de especial, e soube depois que não era assim tão bom como "apregoava" o Guilherme.

Um dia o Hugo contou-me umas coisas do Guilherme. Que o tinha encontrado em Lisboa e que lhe tinha parecido muito em baixo, que lhe disse que não tinha vontade de sair de casa, que só pensava em "arrumos" e coisas do género.

Que num fim de semana lhe ligou muito cedo, lá da terra e lhe tinha pedido se queria ir correr para a praia com ele. Que lhe tinha dito que não andava bem e que tinha regressado ao psicólogo ( já tinha ido antes de me conhecer).

Fiquei para morrer. Será que eu tinha alguma coisa a ver com isso? Amava-o muito e fazia questão que ele soubesse.

O que é certo é que, não sei porquê, eu e o Guilherme, depois disso até parecia que conseguíamos falar educadamente, como bons amigos.

Mas atormentava-me o facto de ter dormido com o melhor amigo, e de saber que estava a ser "enganado" por ele, já que lhe confidenciava dúvidas existenciais e ele lhe escondia que tínhamos estado juntos.

Tinha estado com ele por vingança, pensando que ele lhe iria contar a correr, mas agora estava arrependida e não queria continuar aquela mentira. Preferia perdê-lo como "algo mais", mas não queria que fôssemos amigos escondendo-lhe para sempre aquilo.

Deixei-lhe uma longa mensagem no email, realçando que se o Hugo não lhe tinha dito nada era porque gostava dele e tinha receio de certeza de o magoar com aquilo.

Respondeu. Qualquer coisa como :" estou admirado comigo, de não me chatear com isto!"

A frase dele no dia seguinte no msn  era qualquer coisa do género : " Não cobiçar a mulher alheia" mas escrito em Italiano.

Falámos depois no msn sobre isso. Achei aquilo tão cómico. Era uma frase para o Hugo. Para ver se "tomava a iniciativa de lhe contar".

"Eu não sou tua mulher, não sejas ridículo".

...

 

 

 

 

 

 


publicado por darkbook às 11:15
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2 comentários:
De André Jesus a 17 de Setembro de 2008 às 13:07
"É tão negra a mentira do Homem"

Bom história, abraço!


De darkbook a 17 de Setembro de 2008 às 15:57

Abraço retribuído e beijinho


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