Como é possível alguém provocar em nós um estrago tão grande, como o que foi para mim conhecê-lo?
A minha relação de amor/ódio com o Guilherme, durou uns 6 ou 7 meses. Este tempo todo porque eu insisti, mas segundo ele, parece que se eu tivesse terminado logo quando "me pediu" talvez ainda hoje durasse só a de amor. Estúpida então, certo? Só tinha que acatar as suas ordens e a sua vontade, se gostava dele, e esperar sentadinha e quietinha para ele reflectir e depois, demorasse o tempo que demorasse, ver se queria continuar a ver-me ou não...Pois...
Ainda nos vimos umas 3 vezes.
Em Julho e Agosto, falávamos via msn, telemóvel e trocávamos sms. Ele já estava farto de mim. Em Agosto encontrámo-nos numa praia no Algarve. Uma praia a meio caminho . Ele ia para Espanha de férias e eu sabia que aquilo estava no fim. Ofereci-lhe um livro, que curiosamente me tinha sido oferecido pela Sílvia uns dias antes.
Sim, a Sílvia do Luís ! Ela sabia que dentro do que aconteceu, eu tinha sido honesta com ela.
O livro era de Weiss e tinha o título "Só o amor é real" ( tenho pena de meses mais tarde ter voltado a traí-la, mas ele insistia quando me sentia carente, não sei como adivinhava).
Aquela tarde passada com o Guilherme naquela praia foi talvez das melhores a minha vida. Tinha levado uma bola para jogar com os meus filhos, mas nunca os chegou a conhecer, porque entretanto recebeu uma chamada sobre as férias e teve que ir. Azar o dele não ter conhecido os meus filhos. Não sei se notou, mas fiquei a chorar.
Durante esses 15 dias 1 vez ou 2 desligou-me o telemóvel. Começou aí a minha raiva e o meu ódio. Nunca me tinham feito isso e dessas vezes não mereci. Durante 1 semana não tive notícias dele. Já em casa disse-me : "Perdi a POCHETTE!" Tive vontade de me rir à gargalhada, mas gostava tanto dele. Que homem diz "POCHETTE"?!
Marcou um jantar com um amigo muito "betinho" porque eu e a Maria íamos a Lisboa. Na Sexta à noite e pressentindo que seria a última vez que o veria, convidei-o para sair na minha zona. Até pensei que não aceitasse. Tinha convites para uma discoteca a que ele mais tarde se iria referir "Grande discoteca", para uma desconhecida que se meteu com ele no Hi5 e que uma vez mais com o mesmo entusiasmo com que adicionou no msn a adicionou a ela (e que era eu com outro nome, claro está!).
Fizemos amor no carro num pinhal. Para ele aquilo não correu muito bem e chegou ao cúmulo de me pedir desculpa. Afinal ele tinha sentimentos, só que não era por mim. A euforia do brinquedo já tinha passado. Pelos vistos aborrecia-o eu querer mais que sexo e começou com aquelas coisas que lhe tinha "invadido a privacidade".
No sábado, quando entrei no carro dele com a Maria, olhou-me e senti que me achou bonita. Fez um gesto de um homem quando se sente atraído por uma mulher. Eu senti.
O Luís nessa altura andava mesmo chato para comigo. Tinha sabido pelo meu cunhado (irmão da Sílvia, o gay :)) que eu tinha saído com um homem e louco de ciúmes não me largava. Nesse sábado, tive que desligar o telemóvel. Começou a ligar para o da Maria. Foi um jantar infernal.
Tinha acabado a história que podia ter sido bonita com o Guilherme.
Marcámos depois um jantar de despedida na Expo. Passei o jantar todo com lágrimas nos olhos, que nem sei como não saltaram.
A partir daí passei a fase mais negra da minha vida. Sentia-me perdida no mundo.
Comecei a infernizar-lhe a vida e a magoar-me.
Fui fazer um curso para Lisboa. Ainda lhe liguei e pedi-lhe para me ajudar. Não estava nada interessado. Se pelo menos tivesse sido meu amigo, não teria caído tão fundo...
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