O meu divórcio corria. Pelo meio umas histórias meio aborrecidas, mas que ultrapassei.
Um dia o Alexandre ligou-me. Se me podia encontrar com ele num café da aldeia onde eu morava com os nossos 3 filhos. Estava mesmo a ver. Sempre viveu de aparências. Pretendia mostrar às pessoas que apesar de nos estarmos a divorciar, éramos bons amigos. De certa forma, sempre entrei no jogo dele. Agora acontecia o mesmo. De noite, ameaçava-nos que se ía suicidar ( várias noites fomos à procura dele) e durante o dia parecia estar tudo bem. Sei que talvez não o ajudássemos em agir durante o dia como se estivesse tudo bem, mas ao fim e ao cabo tinha pena dele (ainda hoje tenho) e era o pai dos meus filhos. Vivemos os nossos momentos, longínquos é certo.
Fui ter com ele. Quando cheguei já lá estava. Com uns gestos muito atrapalhados "escondeu" o telemóvel. Como se não o conhecesse. O propósito era que eu visse, claro.
Perguntei em tom de brincadeira (queria paz): "Então quem é a gaja?". Riu-se com ar de malandro e depois de 3 ou 4 vezes de dizer que não era nada nem ninguém, revelou-me o tal segredo.
Andava a trocar sms com a Oxane, uma ucraniana que trabalhava num café ao lado da empresa. Pediu-me segredo. Eu explico: A Oxane era amante de um cliente nosso (casado), mas só nós dois sabíamos disso, e vivia com o pai do filho que tinha com 3 ou 4 anos (apesar de dizer que só vivia com ele para reduzir as despesas).
Fiquei muito feliz. Talvez me deixasse um bocado em paz. É lógico que com aquela revelação apenas pretendia mostrar-me que arranjava uma mulher rápido, que também não estava sozinho. Desconfiei daquele amor rápido, mas fiquei muito contente.
Mesmo assim não me deixou em paz, mas já tinha pontos a meu favor, porque estava sempre a ameaçar-me que até não sair o divórcio eu continuava a ser infiel, apesar de já estarmos separados desde o início de Janeiro de 2006.
No dia dos namorados, pediu-me ajuda.
O Luís vivia no apartamento sozinho e combinei com ele, com a Maria, a minha irmã, um amigo do Luís e o namorado da minha irmã irmos jantar fora.
Pediu-me que antes de sair, fôssemos buscar a Oxane a casa (onde vivia com o marido) e a deixássemos em casa dele.
Lá acedi.
Quando chegámos a casa dela, ficamos todas de "coração partido". Ela esperava-nos, claro. O marido tinha-lhe comprado um ramo de flores que nos ostentava muito vaidoso. Trocámos olhares, com imensa pena dele. Ficava a cuidar do filho de ambos e ela supostamente iria sair connosco.
Bem, depois de a deixarmos com ele, é escusado dizer que no restaurante onde nos esperavam, o Luís apareceu com um ramo de flores de fazer inveja a qualquer mulher que procurasse um homem romântico.
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