Segunda-feira, 29 de Setembro de 2008

Mariana

Nunca pretendi conhecer pessoalmente mais ninguém que se tivesse cruzado comigo por estas coisas da net. A história com o Guilherme tinha-me servido de emenda. E se por vezes "convidava" o misterioso e eterno desconhecido para um copo, era porque andava curiosa.

Conversava muito com o João . Passávamos horas à noite a conversar. Ele era tão interessante, tão inteligente. E tinha coisinhas que me pareciam impossíveis para a idade dele, como gostar de Elis Regina, Tom Jobim, Seu Jorge...Um dia estávamos a conversar e disse-me : " Estou aqui a bater o pé ao som da música " Águas de Março". Adoro".

Muito naturalmente  e sem me aperceber comecei a gostar muito dele. Eu falava-lhe do Guilherme e do "João" e do quanto me sentia magoada e infeliz . Era estudante na faculdade de Belas Artes do Porto. Surgiu em nós uma cumplicidade que não consigo exprimir por palavras. Quando senti o quanto estava envolvida com ele tentei fugir, porque afinal ele tinha 20 anos, idade para ser meu filho. Aquelas coisas que a sociedade nos vai impondo.

Era um disparate. Tinha saído de uma situação que me tinha deixado tão vulnerável e já me estava  a meter noutra. Seria possível que nunca mais ganhava juízo e me deixava dessas "merdas"?

Pedi-lhe para nos afastarmos. Que me andava a fazer bem falar com ele mas ao mesmo tempo me deixava muito ansiosa, porque não pretendia conhecê-lo e uma vez mais sentia que estava a viver num mundo de fantasia.

Disse-me que se era isso que eu queria, respeitava e não falava mais comigo, mas que ia ter muitas saudades e que só de pensar que "me ia perder" se sentia muito só, angustiado e com "uma dor no peito".

Combinámos então ir falando, e senti que tanto eu como ele tínhamos ficado mais próximos.

Um dia, fui "espreitar" a página dele de Hi5. Vi lá um comentário de resposta da tal "Mariana" . Quando entrei na página dela, fiquei louca de ciúmes com um comentário dele : "...Não há passos divergentes quando duas pessoas se querem encontrar...". 

Enviei-lhe sms e disse-lhe que não me contactasse mais. E perguntei-lhe afinal quem era para ele a "Mariana". 

Seria mesmo um "miúdo" de 20 anos? A "Mariana" também tinha mais ou menos a minha idade. Que merda! Só me metia em porcaria. Ia-me deixar daquelas merdas.

Respondeu-me que não era nada do que eu imaginava. Que estava arrependido de lhe ter enviado aquele comentário. Que, apesar de não me conhecer pessoalmente, me adorava. Desliguei o telemóvel. Eram 3 ou 4 da tarde.Estive 4 horas incontactável.

À noite liguei-o. Estava "entupido" de chamadas e sms dele. Apaguei tudo e nem sequer lhe dei a oportunidade de as ter lido.

Fui à página de Hi5 reler tudo e ver se havia outras anteriores entre eles. Já não estava lá o comentário na página da "Mariana". Eu tinha mensagens dela na minha página...

 

 

 


publicado por darkbook às 08:45
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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

Agosto 2007

Tinha-me deixado daquelas coisas de crianças. Não apaguei a tal página de Hi5 (ainda hoje lá está), e ás vezes "passava" por lá. Um dia de fim de Agosto de 2007, apareceu-me por lá um homem daqueles que devem andar desesperados para encontrar uma mulher. 100 e tal fotos no perfil, e devia perder muito tempo a enviar daqueles comentários todos catitas, com flores e anjinhos e essas tralhas todas. Mas chamou-me a atenção no perfil dele uma mulher. Segundo o perfil chamava-se "Mariana" , tinha 36 anos, era solteira. Uma foto muito sensual, em que não se via bem o rosto. Um perfil "interessante" e escrevia muito bem. Nos amigos "eleitos" estava o João. O meu João. Não, não é o "João" com quem falava no msn, pois a esse nunca vi  a cara nem em foto. É o meu João. A única pessoa realmente verdadeira que conheci nestas coisas virtuais. A imagem despertou-me logo a atenção. Fui "cuscá-lo" e deixei-lhe um comentário a um poema de Neruda.

Respondeu-me à noite.

Começamos a falar. Impressionou-me a sua inteligência, sensibilidade e maturidade. Afinal, por mais impossível que parecesse ele tinha só 20 anos...

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publicado por darkbook às 08:53
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Quinta-feira, 25 de Setembro de 2008

O contas

Enquanto andava "envolvida" com o "João", não pensava no Guilherme. Quer dizer, pensava no sentido de achar que era ele.

Fazia perguntas a mim mesma e dava as respostas, o que era mau, porque aquilo, ao fim e ao cabo podia ser entendido como apenas um "jogo".

Conhecia-me muito bem, isso era óbvio. Eliminava qualquer dos homens com quem me relacionei, por diversas razões.

O Luís era pouco inteligente e então nisto da net era mesmo "calhau". Ainda hoje me deixa mensagens no Hi5. Criou uma página com a ajuda de um amigo que é muito entendido nestas coisas de "encontros" e conhecendo-o como o conheço, sei que com qualquer estalar de dedos da minha parte vinha a correr. Assim que vi a primeira mensagem de um "L" que me cuscou com a imagem de uma foto da Madonna deduzi que era ele. Respondi normalmente : "Tudo bem contigo Luís? Espero que estejas bem!". Sinceramente, onde e em que estado andava a minha cabeça para me ter envolvido com ele daquela maneira! Não tínhamos absolutamente nada a ver um com o outro. Realmente, temos que beijar muitos sapos até encontrarmos um príncipe! Eu tinha "beijado" aquele até ter encontrado o que ainda hoje acho um príncipe. Espero que não sendo para mim, encontre alguém que o saiba reconhecer.

Como é que acabou o "namoro virtual" entre mim e o suposto João? Ele desapareceu...sem deixar rasto. Ainda trocámos umas mensagens instantâneas que eu lia à socapa e apagava de algum suposto histórico.

-"Beijo"

-"Sonhei contigo"

-"Dorme bem. Pensa em mim."

-"João"

-"Ana"

Eram recadinhos destes para sabermos que ainda pensávamos um no outro.

Eu andava tão curiosa para desvendar aquele mistério. Achava que o Guilherme queria "acompanhar-me".Saber se estava bem. Quando me sentiu bem, evaporou-se. Só pode ter sido isso.

Chegou a dizer-me para esperar mais uns tempos, para irmos falando mais. É impressionante como sabia os meus sentimentos. Em Julho conheci o Filipe. Gostava verdadeiramente de mim e era um gentleman. Já fazia planos para vir trabalhar para perto. Era economista num banco em Lisboa e andava com intenções de começar a chatear o chefe com aquelas coisas de rotação. Assustou-me, porque não me dizia nada imaginar viver com ele. Vinha cá ter comigo muitas vezes. São 140 Kms. Os meus filhos eram simpáticos com ele, mas sabiam bem que ele não me dizia nada .

"Ó mãe, ele é tão tótó!"

Nunca aconteceu absolutamente nada entre nós. Só uns miminhos, mas nada mais.

Eu queria investir naquela relação, mas...

O "João" sabia exactamente o que sentia, apesar de eu o contrariar. Referia-se a ele como "O contas"! O Guilherme adorava colocar "alcunhas" a toda a gente!

Terminei aquilo quando vi que podia magoar mais o Filipe e antes que alterasse a vida dele. Hoje, apesar de não falarmos muito continuamos a combinar um café, A verdade é que já estive em Lisboa várias vezes e a única pessoa com quem gostava de tomar um café era com o Guilherme. Que se há-de fazer?

 

 

 


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Quarta-feira, 24 de Setembro de 2008

Interrupção :)

Hoje a minha história de amor faz  UM ANO !

 

Obrigado amorzito (se um dia "descobrires" que estou aqui :)) por estares comigo. Por nunca me teres abandonado, mesmo naqueles momentos em que sou chata e birrenta, tu sabes...Adoro-te! Mesmo que por vezes não pareça.

 

E sim, não me esqueço de como tudo começou...da nossa história.

(Não sei colocar aqui o clip que fizeste para mim, fica só a musica!)

 

 

 

 

 

música: the story
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publicado por darkbook às 18:23
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Terça-feira, 23 de Setembro de 2008

Sr. Engº de cimentos técnicos

O "João" tornou-se no meu vício da hora do almoço e por volta do fim da tarde. Dizia que era Engº de cimentos técnicos! Achei aquilo engraçado! Que era casado e com 2 filhos. Mas nunca falava na "suposta" família. Comportava-se como um solteiro. Até as férias passou sozinho no Algarve e parece que foi à feira medieval a Silves sozinho (O Guilherme ía).

Eu sentia uma empatia enorme com ele. Era inteligente, com muito sentido de humor. Até dava erros de vez em quando. Penso que tinha criado um "boneco". Porque o Guilherme não dava erros. Era só por isso que desconfiava se seria ele ou não.

Perguntei ao António se era ele. "Juro que não! As personagens que criei que se meteram contigo, não as neguei, mas esse não sou eu!". Na verdade tinham sido todas  "personagens" estúpidas, coisas parvas sem um mínimo de sentido de humor, a que não liguei "patavina".

Um dia cheguei ao cúmulo de lhe ligar para o ginásio do hotel onde era director quando estava a falar com o "João". Perguntei pelo Sr. António e a menina da recepção:" O Sr. António está no ginásio. Quer que vá chamar?"

Bem, disse à Maria que não podia ser ele. Por essa e outras razões. O "João" era totalmente diferente. São coisas que num "teclar" se sentem.

Todos os dias falávamos um pouco. O mais giro eram o recadinhos que deixávamos.

Resposta do Guilherme quando lhe perguntei se era ele : "Não sou "João" nenhum." Seca e grossa a mensagem deixada no email!

Mas aquele "feeling"...

Fazia-me rir.

E quem é o homem, que estando com interesse numa mulher, como ele dizia que estava, não a queria conhecer e fugia a 7 pés de 1 encontro?

Dizia-me que ainda não estava preparado para me encontrar, mas que um dia ia ter 1 surpresa quando o conhecesse. E depois rematou com um "ups, isto não era para dizer!".

Eu pensava ( e ainda penso) que era o Guilherme. Sei que nunca vou saber quem era, o que ainda me faz acreditar mais que era ele.

Ele sabia o que eu gostava. Um dia mandou-me um ficheiro que adorei (resumidamente era uma bd de 1 casal com um filho que tinha sido "concebido"  numa casa de banho num blind date :) ) . Só tive um blind date com ele ! Quem mais me conhecia para me ter enviado aquilo?

Disse-lhe, após a pausa dele para que eu  visse: "Está tão giro!".

"Eu sabia que ias gostar!"

Até as músicas eu tentava associar ao Guilherme. Se eram músicas que gostasse ou não.

Um dia enviou-me uma que duvidei. Não era o estilo dele. Mas a letra...

 

Se hoje te dissesse que o sol brilha só para ti
Que as nuvens partiram e levaram a sombra que nos
tentou afastar.
O dia vai acabar
Vou oferecer-te o luar
Porque o céu não é de ninguém.

Refrão:
Vem comigo esta noite
Vem comigo esta noite
Agarra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.
Se isso não chegar, ouve bem esta canção.
Hoje dou-te o meu coração.


Se eu pudesse voltar atrás no tempo
Tinha te dito que a terra gira por ti
O dia vai acabar
Vou oferecer-te o luar
Porque o céu não é de ninguém
Hum Hum
Tenho que te dizer
Hum Hum
Tenho tanto para te dizer

Refrão:
Vem comigo esta noite
Vem comigo esta noite
Agarra a minha mão, dou-te estrelas, o luar.
Se isso não chegar ouve bem esta canção
Hoje dou-te...
Hoje dou-te...
Hoje dou-te o meu coração.
 
     
   

 


publicado por darkbook às 17:35
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Pablo Neruda

Na altura refugiava-me na música e na poesia;

 

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero,
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.

Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

 

Pablo Neruda

 


 

 


 


publicado por darkbook às 12:45
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008

Guilherme 69% versus António 41% ?

Foi em fim de Maio.

Esse "estranho" conhecia-me melhor que ninguém.

1ªs mensagens que trocámos:

 

Date: Wed, 30 May 2007 01:33:24 +0100

ouve lá: diz qualquer coisa. que te enganaste a adicionar-me ou então que me conheces. quem é que te deu o meu email?
(nao sei para quem estou a falar, por isso desculpa tratar-te por tu, mas já deves ter notado que fiquei com a pulga atrás da orelha.)
beijinho
 


Subject: RE: ...
Date: Wed, 30 May 2007 12:59:29 +0000

Olá Ana!
Desculpa, acho que me enganei a escrever o email de uma amiga... devo ter apontado mal.
Não faz mal tratares-me por tu... aliás quem deve desculpas sou eu
Também não sei com quem estou a falar... não sei se és mulher ou homem...enfim nada.
Se quiseres podes bloquear-me...
(será que se perdia uma boa amizade?)
Faz como entenderes melhor...
Desculpa o engano,
Beijinhos

 

 

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publicado por darkbook às 22:33
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A mulher, a amiga e o amante dela

A Maria, a minha melhor amiga, tinha arranjado um namorado.

Andava muito empolgada com ele. Tinha frequentado um workshop de pintura e ele era o professor. Mostrava-me centenas de fotos dela que era ele que à socapa lhe tirava lá no workshop. Qualquer mulher adora a atenção de um homem e ela não era excepção, ainda mais por um homem ligado ás artes, que são a paixão dela.

Não fazia mais nada que me falar nele. Que não sabia o que fazer, já que era um pouco mais velho, estava separado da mulher, mas ainda não estava divorciado. Parece que era por causa dos bens em comum, que eram muitos...

Eu claro, não o conhecia, mas à partida, disse-lhe para não fazer muitos planos, já que era casado. E mantive-me sempre à distância dessa relação, mas sempre perto dela.

Ainda não tinham estado juntos, mas um dia zangaram-se mesmo a sério. Pediu-me, porque tanto um como o outro estavam muito mal, que o conhecesse pois queria saber o que eu achava dele.  Combinou um café entre nós pois achava que eu ia saber explicar-lhe porque é que eles tinham que acabar.

Enfim...Eu na altura era mesmo a pessoa indicada...

Ele conhecia-me de fotos e eu igual. Mas achei-o pequenino. "A Maria é muito mais alta!", pensei assim que sorriu para mim e vi que era ele.

Olhei com atenção para as expressões enquanto falava e reconheci-me. Uma angústia por a ter perdido ! Os olhos brilhavam quando falava nela e parecia que iam brotar lágrimas quando imaginava o fim da "história" deles. Lembro-me que lhe disse que tinha que entender que ela não queria assumir nada porque ele era casado, mas que sabia perfeitamente o que sentia.

Pronto! Tarefa cumprida! Conheci-o e teria que lhe dizer o que achei.

Disse-lhe que sem dúvida gostava dela, mas que era ela que tinha que decidir se levava a história adiante porque de facto ele era casado e não pretendia num futuro muito próximo alterar essa condição. Foi o que achei. Um homem quando está anos para se divorciar e não o faz por "conveniências" materiais, optando por fazer uma vida paralela não é de confiar. Confidenciou-me que já tinha tido outras mulheres. A Maria sabia disso, porque quando lhe disse, até me disse que uma das conquistas era muito linda...

Bem, mais valia ter estado quietinha no meu canto.

Só sei que passados uns 2 ou 3 dias ela me ligou muito entusiasmada. Que ia dormir com ele a casa dele.

" E a mulher?"

" Parece que foi passar uma semana ao Alentejo"

Bem, ela é que sabia. Nem sequer disse nada.

No dia seguinte, estava felicíssima.

"Ele é uma bomba!". "Ele acha que és uma Santa!". "Faz questão que venhas cá um dia jantar connosco!"

"Pois, era semana de festa para eles!" (Mulher fora, semana santa na loja)

Disse-lhe que iria uma noite, sim senhor.

E fui. Eram aí umas 22 ou 23 horas.

Que enorme recepção ele me fez! Tudo "afrodisíaco" ! Búzios, camarão, bom vinho verde, pastas de tudo e mais alguma coisa...

Só o conheci verdadeiramente depois quando falávamos no msn. Parece que era muito possessivo com a Maria. Ela começou a andar cansada dele e a fugir. Dizia-lhe muitas vezes que tinha saído comigo, algumas que eu nem sabia. Quando me apercebi, pedi-lhe para me dizer sempre que lhe mentia, pelo menos para eu saber, pois ligava-me para o telemóvel.

"Mas o que tens que lhe dar explicações onde estás ou não?". "Porra, o gajo é que é casado!"

"Não o conheces! É tão possessivo e tacanho!"

Comecei a ter que gramar com ele, a perceber os seus joguinhos para tentar tirar-me nabos da púcara. O gajo tirava-me do sério!

Até que começou a tentar "cortejar-me " a mim. Que ela era muito complicada. Disse-me depois a Maria:

"O António acha-te muito sensual! Só queria que visses a doideira quando foste jantar a casa dele!"

Bem, descodifiquei uma série de coisas estranhas que me andavam a acontecer na net...

Era o António, de certeza ! Mas não disse nada à Maria, pois aquilo já durava há muito tempo, ainda estavam eles bem.

Confrontei-o com aquilo e não negou. Antecipou-se a mim a contar à Maria. "Sabes, era só para ver se dava conversa aos homens que se metiam com ela na net..."

Bem, assinou a sua "sentença de morte". Disse-lhe que não lhe admitia esses jogos, ainda mais porque o tinha como um grande amigo e ele sabia bem que sempre tinha tentado minimizar entre eles a porcaria que ele fazia. Pediu-me desculpa milhões de vezes. Era a minha oportunidade de acabar a "amizade" com uma pessoa tão "tacanha" e pouco inteligente como ele era ( apesar da bagagem que tinha).

A Maria ainda continuou a "aturá-lo", mas aproveitei a deixa e nunca mais falei com ele...sem ser para lhe perguntar se era o tal joaocosta32@hotm... que me tinha adicionado, apesar de ter sido antes de me ter chateado com ele.

 

 

 


publicado por darkbook às 17:45
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Sábado, 20 de Setembro de 2008

By your side

You think I'd leave your side baby?
You know me better than that
You think I'd leave down when your down on your knees?
I wouldn't do that

I'll do you right when your wrong
I-----ohhh, ohhh

If only you could see into me

oh, when your cold
I'll be there to hold you tight to me
When you're on the outside baby and you can't get in
I will show you, you're so much better than you know
When youre lost, when you´re alone and you can't get back again
I will find you darling I'll bring you home

If you want to cry
I am here to dry your eyes
and in no time you'll be fine

You think I'd leave your side baby
You know me better than that
You think I'd leave you down when your down on your knees
I wouldn't do that

I'll do you right when your wrong
I-----I, ohhhh, ohhh

If only you could see into me

Oh when you're cold
I'll be there
To hold you tight to me
Oh when your alone
I'l be there by your side baby
 

música: by your side
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publicado por darkbook às 22:59
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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008

Desculpa

Só pensava em morrer. Silenciosamente planeava uma morte. Deixaria os meus filhos bem materialmente. Tinha seguros que cobriam todos os empréstimos no banco. Mas observava-os e confrontava-os, disfarçadamente com várias situações. Tinha sido convidada para ir para Angola e para S. Tomé e Príncipe. Era uma boa opção, mas não apagava a tristeza que sentia. Pediram-me para não ir. Eles apesar de "grandes" precisavam tanto de mim. Quando pensava no alívio que seria morrer, chorava ao imaginá-los perdidos sem mim. Eu era o seu porto seguro e não se cansavam de me dizer.

O Guilherme não me saía da cabeça. Entendia tudo o que fui para ele. E fui parva ao não o deixar simplesmente ir à vida dele. No fundo agora vivia experiências como a que ele viveu comigo. O facto de ter buscado no sexo o refúgio para a minha solidão, não queria dizer que não respeitasse quem estava comigo. Mas isso só me deixava mais angustiada. Imaginava-o pior a cada conquista mal sucedida, que era o que eu tinha sido para ele, por mais que me custasse a  admitir. Ele não tinha culpa que o adorasse, e que simbolizasse o que procurava num homem . Como me disse um dia :" Lá porque não resultou contigo não quer dizer que não me entenda com mais nenhuma mulher".Desculpa Guilherme, desculpa! Eu, Ana, com 37 anos, sabia perfeitamente o que querias dizer.

Desligava o telemóvel. Não queria mais homens, mais amantes...

Eu à noite falava no msn com amigos. Amigos que tinha feito na net, mas que nunca tinham passado de amigos. Tinha conhecido 2 pessoalmente numa das minhas idas a Lisboa. E depois encontrámo-nos mais vezes. Um deles aparecia em minha casa ás vezes ao fim de semana. O outro também veio cá petiscar uns dias. Saía do trabalho lá em Lisboa e dava-lhe na maluqueira e aparecia cá. Demorava 1 hora e tal, mas fez isso umas 3 vezes.

Um dia apareceu-me alguém que me adicionou no msn. Era um joaocosta32@hot.... Pensei logo que seria o Guilherme. Ele tinha na altura 32 anos. Fazia sentido. Adicionei-o mas sem lhe perguntar se era ele. Que brincadeira era aquela, se não era ele, quem seria para despertar em mim esperança ?

...


publicado por darkbook às 08:49
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