Pronto.
Não havia mais maneira (não faz parte do meu feitio) esconder das pessoas o que se passava. Questionei o Luís para o caso de alguém saber. Disse-me que também ele precisava de acabar com um casamento que não lhe dizia nada, que me amava, que era comigo que queria ser feliz e blá, blá, blé , essas coisas que se dizem.
A Sílvia, a minha cunhada, trabalhava comigo. Tínhamos um negócio de família (da parte deles, eu era apenas a esposa, cunhada e nora) do qual já tinha deixado bem claro que queria sair após o divórcio que afinal nunca me ajudaram a concretizar. Aliás, tinha sido para isso que ela para lá tinha ido, para se inteirar do negócio, que eu liderava há anos, para que eu pudesse sair.
Passado o Natal e Ano Novo (penso que dia 6 ou 7 de Janeiro de 2006) eram umas 6 da tarde, chamei a Sílvia ao café que havia ao lado da empresa.
Não lhe contei todos os pormenores, óbvio, mais para não a ferir. Disse-lhe que se passava algo entre mim e o marido. Que eu andava muito carente e não sabia o que sentia. Pedi-lhe por tudo, se amava o Luís para o encostar à parede e para o desculpar. Ele na verdade não me deixava em paz. Telefonava milhões de vezes para a empresa e se fosse ela a atender desligava, se fosse eu colocava o telemóvel ao lado do cd com a "nossa" música (que vou postar aqui).
Ela riu-se de mim. Não gostei. Estava -me a ser tão difícil ter aquela conversa com ela e ela riu-se de mim, da minha honestidade. Porque eu na altura adorava aquele homem. Estava apaixonada. Sim, apaixonada, não era amor. Mas queria que ela lutasse e o roubasse. Era dela, não era meu.
Usou a expressão, no gozo :" Não me digas que achas que ele está apaixonado por ti?"
Eu só disse: " Ok, faz como entenderes, pelo menos tirei um peso de cima"
Telefonei ao Luís e disse-lhe que lhe tinha contado tudo mais ou menos. Pareceu-me meio chateado. Como já tínhamos falado disso, achei-o com medo, e disse-lhe isso. Disse-me que era só porque devíamos ter falado mais a sério como havíamos de fazer. Não lhe liguei mais. Preferi. Ia esperar para ver.
No dia seguinte, ela não foi trabalhar. Ligou para os irmãos, que ia estar fora 4 ou 5 dias.
Até aí não sabia o que se tinha passado. Estava à espera que o Luís me dissesse algo. E disse, passadas umas horas. Que na noite antes, quando chegou a casa, ela lhe perguntou o que se passava entre nós e ele respondeu simplesmente que "Sim, eu gosto muito dela". Não dormiram e na manhã seguinte discutiram o que iam fazer. Ela tinha entendido o que lhe havia pedido no dia antes.
Pediu-lhe que ficasse com a filha e que ela ia de férias para um local que ninguém haveria de saber. Que levava apenas o telemóvel para não ficar incontactável. Contou-me ele.
Só nós três sabíamos o que se passava.
O meu ainda marido, a minha sogra, o meu cunhado interrogavam-se sobre o que se passava.
Desde o dia que fiz amor com o Luís nunca mais estive com o Alexandre (o meu marido).
Aguardava que a Sílvia regressasse para me ajudar ou me dar alguma luz. Mas isso aconteceu mais rápido que o que alguém possa imaginar.
Foi a mim que ligou, em perfeito pânico, às 4 da manhã da primeira noite de "férias"... E eu fui prontamente ter com ela e ajudá-la. Estava a 70 Kms da minha casa. Só me pediu:
"Por favor, não te demores, preciso de ti, rápido!"
Dei uma desculpa qualquer ao Alexandre, que por acaso nessa noite estava em casa (andávamos mal e dessa vez nunca quis fazer as pazes, não podia fazer amor com 2 homens), disse-lhe que a irmã estava mal com o marido e que ia ter com ela. Só me perguntou "mas porquê tu?". Não lhe dei resposta e fui ter com ela.
A música que vou postar aqui era "a nossa música". Hoje deprime-me e entendo que realmente a música mexe muito com as pessoas quando se sentem infelizes.
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